quinta-feira, 30 de junho de 2011

T.O. em Poesia

Com a mão no coração
fechou os olhos
e sentiu-se descoberta
Antes, tímida, perdeu o medo
Aprendeu a colocar seus sentimentos
Encontrou o seu valor
E aumentou a sua visão de mundo
Não tendo preconceitos,
Aceitou as diferenças
Escutou, viu, percebeu o outro
E descobriu que,
Fazendo parte deste quebra-cabeça,
é uma peça importante
que contribui, participa
E caminha com o objetivo comum
de transformar,
E, saber que para isto
é preciso sonhar.


Poema de Vanda Farias, educadora popular.
Livro Aprendendo a Ser e a Conviver - FTD

terça-feira, 21 de junho de 2011

A importância da Terapia Ocupacional nos planos de saúde

 clicar aqui para a visualização da matéria.

Em janeiro, a Agência Nacional de Saúde (ANS) exigiu que até o meio de 2010 os planos de saúde devem cobrir 12 consultas de terapia ocupacional por ano. Antes, a obrigação das empresas era garantir seis consultas. A decisão da ANS é um reconhecimento de que essa especialidade é importante, e de que os brasileiros precisam dela. Contudo, muita gente ficou se perguntando: mas afinal de contas, para que serve um terapeuta ocupacional? Em que esse profissional pode me ajudar?

A terapia ocupacional, ao contrário do que o nome sugere, não serve para preencher o tempo vago das pessoas. A função dessa importante área da saúde é devolver a capacidade das pessoas realizarem suas atividades diárias, como tomar banho, se alimentar, sair de casa, trabalhar e se divertir.
Se alguém tiver dificuldade para fazer alguma dessas coisas, ou qualquer outra relacionada com o dia-a-dia, o terapeuta ocupacional entra em cena. É o que acontece, por exemplo, quando uma pessoa sofre um acidente e tem que usar uma cadeira de rodas. Quem vai ajudá-lo a se adaptar a essa nova vida será o terapeuta ocupacional.
A profissão também é essencial em problemas psiquátricos ou psicológicos. Quem passou muito tempo internado em um hospital por exemplo, pode precisar da terapia ocupacional para voltar a fazer compras, se relacionar com os amigos, formar uma famíla. O mesmo ocorre quando idosos começam a perder a memória ou têm dificuldades de comer ou se locomover. Eles precisam desse profissional da saúde para ajudá-los a voltar a fazer suas atividades.
Em seu trabalho, o terapeuta ocupacional se preocupa em estimular as pessoas usando recursos que façam sentido à sua vida. Por isso utiliza atividades simples e criativas, como jogos, exercícios e arte. É por causa disso, também, que se pensa que o terapeuta serve para “ocupar o tempo” das pessoas. Mas não é. Cada exercício proposto tem um sentido especial, e vai ajudar o paciente a recuperar uma habilidade perdida.
Um profissional tão importante para a saúde – e, por que não, para a felicidade – de tanta gente não poderia
ficar fora dos convênios médicos.


Relato de experiência

Como é ser terapeuta ocupacional?
(Por Mariana Fulfaro, http://www.marianaterapeutaocupacional.com/tag/blog/ )
Entrevista para o curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina do ABC



Há quanto tempo está formada?
Há 1 ano e meio, mas durante a graduação realizei muitas atividades extracurriculares.
Fez especializações? Quais?
Sim, em Atendimento Interdisciplinar em Geriatria e Gerontologia, no Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”.
Como foi o seu primeiro contato com a Saúde Mental?
Foi no segundo ano de faculdade, em 2005, quando fui fazer minha primeira prática supervisionada em um Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS), em Santo André. (Para saber mais sobre essa instituição clique aqui)
No início fiquei amedrontada e sem saber como agir, nem ao banheiro eu conseguia ir sozinha. Eu me assustava com as pessoas e com o lugar. Depois fui estudando e aprendendo e percebi o quão importante é a saúde mental, independente da área que você escolher. Hoje dou risada dessa história.
Acredito que, independente do caminho que escolher, o profissional deve trazer elementos da saúde mental para a sua atuação, mesmo que essa área seja a reabilitação física. As áreas estão entrelaçadas e durante o processo de reabilitação em algum momento a saúde mental aparecerá.
Qual a sua maior dificuldade como terapeuta ocupacional, tanto na relação com o paciente quanto com a instituição e os trabalhos?
A maior dificuldade que enfrento no dia a dia é com relação ao desconhecimento da profissão. Como grande parte das pessoas associa a Terapia Ocupacional à ocupação despreocupada do tempo, sempre é necessário explicar o que eu faço e o porquê.
Mas mesmo considerando isso uma dificuldade, acredito que é ao mesmo tempo um grande desafio para todo terapeuta ocupacional.
Para explicar para as pessoas o que fazemos, e o contexto de cada atividade terapêutica, é necessário refletir sobre a nossa prática, o que nem sempre é possível, principalmente quando estamos inseridos em grandes instituições.
Como é seu dia a dia, com relação ao seu trabalho?
Atendo muitos idosos e seus familiares, tanto no consultório quanto em domicilio.
A agenda é lotada, sem folgas, mas é muito legal. Adoro atender, então tudo fica mais fácil. Mesmo com a correria dos atendimentos, e dos deslocamentos por São Paulo, consigo pensar em cada pessoa e família, o que me faz ter mais vontade de trabalhar.
Mesmo quando estamos com pessoas que têm a mesma doença, como o Alzheimer, o atendimento e as orientações são individualizados. Cada caso e família são de um jeito, o que representa desafios diários.
Relate um pouco sobre a sua visão sobre a Terapia Ocupacional.
Essa é uma pergunta bem genérica. Mas se eu for escolher algo positivo e outro negativo para falar sobre a profissão eu diria que positivamente temos o crescimento dela aqui no Brasil.
Cada vez mais a Terapia Ocupacional vem aparecendo nas mídias sociais e nos diversos meios de comunicação, e isso ajuda muito na divulgação da profissão.
As pessoas, quando já ouviram falar alguma coisa sobre ela, não sabem muito bem o que esses profissionais fazem, e quando são esclarecidas simplesmente acham o máximo. Compreendem a inserção e a importância desse trabalho na saúde, e levantam a bandeira em defesa da profissão.
Considero como ruim para a Terapia Ocupacional a resistência dos profissionais em definir de forma simples e resumida o que fazem.
Os terapeutas ocupacionais têm dificuldade para definir seu trabalho, e quando o fazem, na grande maioria das vezes, é por meio de exemplos, como quando falamos com crianças.
Já ouvi diversas justificativas para isso, desde profissionais que acham que toda definição deve incluir palavras como “processo”, “subjetividade” e “sujeito” (conceitos específicos da profissão), até profissionais que não sabem como definir a Terapia Ocupacional e apelam para a famosa definição do bem estar biopsicossocial, ou de qualidade de vida. 

Deficientes visuais ganham prancha adaptada

Fonte: http://www.unisanta.br/noticia/view.asp?cd=3182&it=9&ft=1&ur=esporte
Fonte: http://www.unisanta.br/noticia/view.asp?cd=3182&it=9&ft=1&ur=esporte
Professor da UNISANTA produz prancha adaptada para deficientes
 visuais, um projeto inédito no mundo
POR NARA ASSUNÇÃO - COLABORADORA
“O surf mudou minha vida e com o esporte consigo quebrar, todos os dias,
 paradigmas da sociedade,
 mostrando que pessoas portadoras de necessidades especiais são
 capazes de muita coisa.
 Esta prancha irá contribuir para melhorar minhas habilidades e, principalmente,
 para incentivar outros deficientes visuais a praticarem o esporte”,
 disse o aluno da Escola Radical de Santos, Valdemir Pereira Corrêa,
 deficiente visual há 13 anos e praticante do esporte há 10.

A prancha adaptada, à primeira vista, parece como as outras,

 mas apresenta detalhes importantes para quem não possui visão.
 De 2,76 metros de comprimento, ela é um longboard, feita com o mesmo material
 emborrachado
 usado em bodyboards, mas tem as extremidades macias e a quilha emborrachada,
 para evitar contusões, além de dois guizos nas pontas,
 com som parecido com um chocalho, 
para orientação sonora. Da cor amarela, pois muitos deficientes visuais apresentam 
sensibilidade ao reflexo da luz, a prancha possui também
 pontos com relevos de EVA em seu centro e nas bordas.

Segundo o professor da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e o idealizador

 do projeto,
 Cisco Araña, este projeto é inédito no mundo.
 “A prancha é fruto de 10 anos de observação e estudo das aulas para Valdemir.
 Quando ele entrou, foi um desafio e a criatividade foi o segredo
 para ensiná-lo a surfar”, 
disse o professor. “Acredito que nesta primeira prancha, acertamos cerca de 99%,
 mas ainda temos alguns detalhes para aprimorar”, disse Araña.

“O próximo passo é conseguir uma bolsa de estudo para Valdemir.

 Queremos que ele se forme em Educação Física e depois que seja professor
 da escola”,
 acrescentou o idealizador do projeto.

A escola, localizada no Posto 2, é definida como um mosaico pelo professor Irapagi Caetano,

 por unir desde crianças, portadores de necessidades especiais, atletas,
 até a terceira idade.
 “Trabalhamos também com portadores de necessidades educacionais especiais,
 que são crianças e adolescentes com problemas na escola e que
 através do surfe melhoram o comportamento e o desempenho escolar”,
 disse o professor, que começou na escola como aluno aos 14 anos, 
no mesmo ano da fundação, em 1992. Depois, em 1995,
 foi monitor da escola e em 1996, entrou na Faculdade de Educação Física e Esportes 
(FEFESP) da UNISANTA. Hoje ele é professor da UNISANTA e da Escola Radical.

Durante a cerimônia para entregar a prancha, os acadêmicos do 3º e 4º ano do curso,

 o primeiro a inserir o esporte na estrutura curricular,
 realizaram jogos cooperativos com cerca de 50 alunos,
 de 6 a 80 anos, da Escola Radical.
 Segundo o aluno do 4° ano, Francisco Bortoletto, a escola permite uma integração mágica
 entre Homem e natureza, além de contribuir com a integração social. 
“E também aprendemos muito como alunos”, completou.

Para divertir a criançada, estava presente o palhaço Saracura

 e autoridades da Cidade também participaram da festividade. 
O evento foi realizado na última sexta-feira, dia 15 de junho, no Posto 2,
 na orla da praia do José Menino, em Santos.

Escola Radical – Pioneira no Brasil, a Escola Radical atende cerca de

 1.600 alunos ao ano.
 Cerca de 30.000, entre crianças, adultos e portadores de necessidades
 especiais já aprenderam a surfar.
 Só no último verão, mais de 1.200 alunos passaram pela escola.

Os acadêmicos do 3º e 4º ano da FEFESP fazem o monitoramento das aulas de Surf 

e um trabalho diferenciado com os alunos da 3ª idade.
 Desta forma, os estudantes colocam em prática conceitos recebidos em sala de aula,
 nas disciplinas de Surf e Esporte para Pessoas Adaptadas.

As aulas de Surf e Body Boarding acontecem às quartas, quintas e sextas-feiras, 

das 8 às 10 horas e das 14 às 16 horas. Crianças a partir de quatro anos
 podem participar.
 Não há limite máximo de idade. Informações pelo telefone 3251-9838.
Fonte:www.unisanta.br/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dez coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse

(Por Ellen Nottohm; tradução livre - Andréa Simon) 






1) Antes de tudo eu sou uma criança. 
Eu tenho Autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu carácter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?

2) A minha percepção sensorial é desordenada. 
Interacção sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos 
ordinários como audição, olfacto, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia-a-dia podem ser dolorosas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, telemóveis tocando, crianças chorando, pessoas  tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controlo. O meu olfacto pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco; a pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje; o bébé ao lado pode estar com uma fralda suja; o chão pode ter sido limpo com amónia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afecta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.

3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu 
não consigo fazer) 
Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Ao invés disso, venha falar comigo directamente com um vocabulário simples: "João, por  favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.


4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). 
O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstracções. Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar"quando não há nenhum a mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso é algo fácil de fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indirectas, sarcasmo eu não compreendo.

5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado. 
Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso 
estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retracção, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exactamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto  é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.


6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim. 

Por favor, mostre-me como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes ajudam-me a aprender. Um esquema visual ajuda-me durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma actividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar
crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.

7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu 
não posso fazer. 
Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de "CONSERTO". Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.

8) Por favor, me ajude com as interacções sociais.
Pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham actividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorrega não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: "você esta bem?".

9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle. 
Perda de controlo, "chilique", birra, má-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e actividades. Você encontrar uma sequência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.


10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição. 
Elimine pensamentos como  "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda as minhas hipóteses de alcançar uma vida adulta digna serão pequenas. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa.
Eu prometo: EU VALHO A PENA. 
E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência.  
Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma incapacidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contacto olho-no-olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh (eles também tinham Autismo), uma possível resposta para Alzheimer, o enigma da vida extraterrestre, etc. - O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base.
Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protector seja o meu amigo e nós vamos ver ate onde eu posso ir.
CONTO COM VOCÊ!!! 


Retirado do site: http://www.autimismo.com.br/ 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DA T.O

Sobre o terapeuta ocupacional

Quais as características necessárias para ser um terapeuta ocupacional?

Para ser um terapeuta ocupacional é necessário que o profissional tenha gosto por ajudar as pessoas, acima de tudo, e que tenha interesse pela psicologia humana. Outras características interessantes são:
  • responsabilidade
  • paciência
  • metodologia
  • dinamismo
  • interesse por psicologia
  • facilidade em lidar com as pessoas
  • simpatia
  • visão humana

Principais atividades

  • atender o paciente e conhecê-lo
  • realizar sessões de conversa com o paciente e sua família e, dependendo de cada caso, elaborar um projeto de tratamento para o paciente
  • começar o tratamento que pode incluir diversas técnicas e métodos, trabalhando junto com a fisioterapia, a fonoaudiologia, a psicologia, etc
  • realizar atividades que desenvolvam habilidades do dia-a-dia que podem ser físicas, artísticas, pedagógicas, artesanais, lúdicas, entre outras, podendo envolver pintura, teatro, desenhos, jogos, etc
  • realizar consultas constantemente e analisar a eficiência do tratamento, e caso necessário, realizar mudança no projeto inicial

Áreas de atuação e especialidades

A terapia ocupacional pode ser:
  • preventiva: geralmente para pacientes que possuem alguma doença degenerativa. O profissional trabalha para que as habilidades de realizar tarefas do dia-a-dia sejam preservadas ao máximo
  • habilitação: é voltada para pessoas que precisam aprender a realizar as tarefas do dia-a-dia da melhor forma. Geralmente são crianças que já nasceram com algum tipo de limitação, ou que adquiriram durante a infância
  • reabilitação: é voltado para pessoas que perderam capacidades ou habilidades por algum tipo de doença, ou por pessoas que não conseguem realizar tarefas satisfatoriamente, como é o caso de pessoas muito estressadas ou hiperativas. Nesse caso, o trabalho é feito para tentar recuperar faculdades, e desenvolve-las ao máximo
A terapia ocupacional é muito eficiente, principalmente em:
  • investigação diagnóstica
  • reabilitação das funções físicas e mentais do paciente
  • estimulação da independência nas atividades da vida diária e prática (AVD e AVP)
  • confecção de adaptações
  • auxílio do indivíduo na sua função familiar e social
  • prevenção da ociosidade e da depressão
  • ampliação da qualidade de vida, dentro das possibilidades e limitações do indivíduo
Os casos onde a terapia ocupacional é mais recomendada são:
  • Acidentes vasculares cerebrais (derrames cerebrais)
  • Bebês de alto-risco
  • Deficiência mental
  • Distúrbios de aprendizagem
  • Psicoses ou distúrbios psicóticos
  • Paralisia cerebral
  • Síndromes genéticas
  • Deficiência visual parcial ou total, congênitas ou adquiridas
  • Depressões psico-neuróticas
  • Traumatismos de medula vertebral
  • Queimaduras de membros superiores
  • Hanseníase
  • Distúrbios reumáticos de membros superiores
  • Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
  • Treinamento de próteses de membros superiores
  • Lesões de nervos periféricos de membros superiores
  • Fraturas de punho, mão e dedos
Retirado de http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/terapeuta-ocupacional

Informações Úteis

O Mercado de Trabalho
O campo de atuação dos terapeutas ocupacionais está diretamente relacionado à política de saúde, de educação e outros programas sociais, que podem favorecer ou não o mercado para este profissional. As oportunidades serão melhores sempre que forem definidas ações de prevenção e tratamento de deficiências, bem como projetos visando a inclusão social de grupos sociais desfavorecidos.
O mercado de trabalho abrange hospitais, clínicas, centros de reabilitação, unidades básicas de saúde, escolas, presídios, creches, clubes, academias, consultórios e oficinas terapêuticas.
Há muitas vagas no setor público, mais os salários ainda são baixos. Hoje, as áreas que oferecem mais oportunidades são as de saúde mental, saúde do idoso e saúde do trabalhador, além do ensino em cursos superiores.
Até bem pouco tempo atrás, a área de atuação para o terapeuta ocupacional se concentrava nos grandes centros urbanos. Atualmente, a criação de projetos que são gerados e executados nos municípios tem permitido a descentralização das ofertas de trabalho.

Faixa Salarial
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional determina um piso salarial de 10 salários mínimos mensais para os profissionais em início de carreira.

O Curso
A duração média é de quatro anos. Entre as disciplinas do currículo estão: anatomia, biologia, farmacologia, enfermagem, psicologia, pediatria, oftalmologia, terapia ocupacional aplicada à educação, à saúde mental e às condições sociais. No último ano, os estudantes estagiam em hospitais ou centros de saúde. A profissão é regulamentada pelo Decreto-lei 938, de 13/10/1969.

Onde estudar
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Universidade de Fortaleza
Faculdades Integradas Espírito-Santenses
Universidade Católica de Goiás
Faculdade Santa Terezinha
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Universidade de Uberaba
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Católica Dom Bosco
Universidade do Estado do Pará
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Tuiuti do Paraná
Escola Superior de Ensino Helena Antipoff
Universidade Castelo Branco
Universidade Potiguar
Faculdades Ipa e Imec
Associação Catarinense de Ensino
Centro Universitário Monte Serrat
Centro Universitário São Camilo
Faculdades Salesianas de Lins
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade de São Paulo
Universidade de Sorocaba
Universidade do Sagrado Coração
Universidade do Vale do Paraíba
Universidade Federal de São Carlos

Retirado de http://carreiras.empregos.com.br/comunidades/campus/profissoes/terapia_ocupacional.shtm

O que é Terapia Ocupacional - Mariana Fulfaro

"No mundo, a Terapia Ocupacional nasceu na Primeira Guerra Mundial. No Brasil, o primeiro curso foi criado na Faculdade de Medicina da USP, há mais ou menos 50 anos.
Aprendi a dizer que o terapeuta ocupacional é o médico das atividades. Nós reabilitamos as pessoas para as atividades que elas deixaram de fazer devido a algum problema. Esse “problema” pode vir de diversos motivos, como físicos (derrame, amputação, tetraplegia), psiquiátricos (esquizofrenia, depressão), mentais (Síndrome de Down, autismo), geriátricos (Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson) e sociais (ex-presidiários, moradores de rua).
Nós avaliamos quais atividades do cotidiano a pessoa não está conseguindo fazer e o porquê disso. Depois a reabilitamos para essa atividade, para que ela possa voltar a fazê-la proporcionando assim melhor qualidade de vida a essa pessoa.
Um exemplo do trabalho do terapeuta ocupacional é com pessoas que sofreram um acidente e ficaram paraplégicas. Num caso desses é o terapeuta ocupacional quem prescreve e faz as adaptações da cadeira de rodas – toda cadeira de rodas tem medidas individuais, pois caso contrário pode machucar o corpo -, quem ensina a pessoa a usá-la e quem faz o fortalecimento dos braços.
Além disso, fazemos a organização e as adaptações do domicílio para facilitar o trânsito dessa pessoa, e as medidas preventivas para impedir o aparecimento de deformidades nos braços fazendo exercícios e confeccionando órteses (aparelhos confeccionados sob medida para posicionar partes do corpo).
Tudo isso é feito para que essa pessoa possa retomar suas atividades e voltar a viver em sociedade, indo à escola, trabalhando, namorando, fazendo compras e fazendo sua higiene sozinha.
(...)

A maioria das pessoas associa minha profissão à ocupação, e tem um pouco a ver, sim. A Terapia Ocupacional sempre trabalha com atividades, somos profissionais especializados em analisá-las e indicá-las, por isso a associação. Porém, o nome da profissão é ingrato, passa a idéia de terapia por qualquer tipo de ocupação, exatamente o que a frase “mente vazia, oficina do diabo” tenta transmitir.
Quando indicamos uma atividade não queremos que a pessoa passe o tempo. Para isso, não é preciso ter ensino superior, fazer especializações e ter um Conselho Federal para regulamentar a profissão. O profissional que ajuda as pessoas a passar o tempo é o recreacionista.
O objetivo da atividade escolhida pelo terapeuta ocupacional serve para reabilitar. Sempre que escolhemos uma atividade levamos em conta várias características singulares do nosso paciente, como idade, preferências, experiências e profissão.
Na semana passada, joguei dominó com uma paciente. Se uma pessoa que não conhece a profissão vê essa cena, logo pensa que estou apenas brincando com ela, como qualquer outra pessoa faria.
Contudo, essa paciente tinha 96 anos, estava internada havia três semanas no hospital devido a uma infecção e tinha demência. Ao jogar com ela, meus objetivos eram estimulá-la cognitivamente – já que longos períodos de internação contribuem para o quadro de confusão mental no idoso – e tentar frear o progresso da demência. O dominó também ajudava a movimentar seus dedos, fortalecendo-os. Assim, quando voltasse para casa, sua mão estaria em perfeito funcionamento e ela poderia comer sozinha.
Com esse exemplo fica fácil entender como um atendimento de Terapia Ocupacional pode ser confundido com recreação."

Essas falas foram retiradas de uma entrevista que Mariana Fulfaro deu à Katherine Kardos, aluna do Colégio Stockler. A entrevista na íntegra pode ser vista no blog da terapeuta ocupacional http://marianaterapeutaocupacional.com/o-que-e-terapia-ocupacional/

A Terapia Ocupacional na Esclerose Múltipla

10/06/2011
Elisa de Góes

No sistema nervoso existem células de uma tonalidade cinzenta, ligadas entre si e ao resto do corpo por axônios, que são fibras nervosas. São através deles que se conduzem os sinais elétricos, pelos quais se dá a comunicação intracelular, ou sinapses. Esses axônios são envoltos por uma substância gorda esbranquiçada, a mielina, que funciona como uma camada protetora e de isolamento e que acelera a transmissão das informações entre o cérebro e o resto do corpo, como um computador central.

Acredita-se que a Esclerose Múltipla (EM) seja uma doença auto-imune, na qual a mielina é atacada pelo sistema imune da própria pessoa. Porém, a causa verdadeira ainda é desconhecida. Numa primeira fase, instalam-se pequenos focos de inflamação; numa fase mais avançada vai começando a desfazer-se. É então que se dá início ao processo de perda de mielina, causando dificuldades na transmissão de informações nervosas.

A partir disto, a evolução da doença é variável de acordo com a gravidade da inflamação e do ritmo em que a mielina se deteriora.

Os sintomas aparecem de acordo com o local dessas perdas de mielina no cérebro, que vão e vêm sem razão aparente, seguidos de períodos de remissão. O sintoma mais aparente é na função motora, com perda da força muscular nos braços e pernas. A dor nos músculos das costas, pernas, braços e face também acompanham a EM.

Fadiga, dificuldades em pensar e em recordar, alterações visuais, alterações de humor e disfunções sexuais completam esse quadro de sintomas da doença. Todos esses sintomas levam o paciente a dificuldades em realizar suas tarefas profissionais e até pessoais, causando muita ansiedade, podendo levá-los à depressão e agressividade. Passam a fugir do convívio social, isolando-se, provavelmente por sentirem-se constrangidos pelo estado de dependência em que vão ficando.

A EM deve ser tratada com medicamentos e tratamentos psicológicos.

A Terapia Ocupacional é indicada para organizar os pensamentos e atividades. Se necessário, serão feitas adaptações em casa e no local de trabalho visando à independência do paciente. Atividades artísticas, expressivas, de coordenação motora e de rotina auxiliam na estruturação do emocional do indivíduo e na segurança em realizá-las próximas a outras pessoas. Essas atividades são sempre realizadas valorizando as capacidades e habilidades de cada paciente e de acordo com o estágio em que se encontra.

Para mais esclarecimentos:

Elisa de Góes
Terapeuta Ocupacional
Crefito 3 – 12.214/TO
Tel: 9744-9747
li.goes_to@ig.com.br

http://www.jeonline.com.br/editorias/saude/index.php?subaction=showfull&id=1307715035&archive=&start_from=&ucat=21

Pediatria e T.O.

A família com necessidades especiais

A família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança e pode proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, como também, pode impedir um avanço saudável de suas crianças. Em se tratando das crianças com deficiência, as quais requerem atenção e cuidados específicos, o papel da família é fundamental em todo seu processo de desenvolvimento. A influência da família no desenvolvimento de suas crianças se dá, primordialmente, através das relações estabelecidas por meio de uma via fundamental: a comunicação, tanto verbal como não verbal. É a família que apresenta o mundo externo social para a criança e, portanto, o mundo escolar será apresentado à criança via família.

O nascimento de uma criança com deficiência na família pode alterar os relacionamentos entre os membros, exigindo dos genitores e de todos os outros membros familiares uma adaptação a esta nova situação. O impacto sentido pela família é muito grande. Alguns autores afirmam que esse momento é traumático, podendo causar uma desestruturação na estabilidade familiar. O momento inicial é sentido como o mais difícil para toda a família e esta tem que buscar a sua reorganização interna, a qual depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros, individualmente.

A família passa, então, por um longo processo de superação até chegar à aceitação da sua criança com deficiência: choque, negação, raiva, revolta e rejeição, dentre outros sentimentos e reações. A construção de um ambiente familiar mais preparado para incluir essa criança como um membro integrante da família é conseguido aos poucos. Observa-se que quando há apoio mútuo entre o casal, essa tarefa fica mais compartilhada e os genitores conseguem dar um outro significado para a deficiência de seu filho(a), pautado por suas possibilidades. Assim, o ambiente familiar pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento da criança com deficiência.
Atualmente, a sociedade vive um momento em que a diversidade é celebrada em todos os níveis, e a família é um dos primeiros grupos sociais em que impera a diversidade, especialmente, no que tange à diversidade de personalidades que a compõe.


Texto de Nara Liana Pereira-Silva, Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia na área de Desenvolvimento Humano (UnB – Brasília)
 
Retirado do blog: http://topediatrica.blogspot.com/

CAMPO SOCIAL na Terapia Ocupacional


INCLUSÃO SOCIAL E MULTICULTURALISMO
Celina Camargo Bartalotti

Inclusão social tem sido um dos temas mais recorrentes na atualidade. Seja no âmbito do trabalho, da escola, do lazer, discute-se o princípio de que é importante garantir que todas as pessoas possam desfrutar dessa condição tão desejada – a de incluídos. Mas será que se tem clareza do que isso significa realmente? Afinal que princípios norteiam esse objetivo tão nobre?
Falar em inclusão social é, principalmente, falar em sociedade para todos; e “todos” é uma palavra que não admite exceção: “todos” significa TODOS mesmo. Já começamos a entender porque tanto se fala em incluir e porque isso, às vezes, parece muito difícil, senão utópico.
Vivemos em uma sociedade acostumada a classificar as pessoas por etnia [1], credo, origem, condições sócio-econômicas, condições físicas ou psíquicas; mais do que isso, acostumada a atribuir diferentes valores às pessoas enquadradas em cada uma dessas categorias. E valores negativos atribuídos a determinadas categorias geram exclusão social, ou seja, geram movimentos de afastamento, de rejeição, de recusa de oportunidades, de eliminação – excluir nada mais é do que tentar eliminar, senão da vida, pelo menos da convivência. Incluir é, portanto, o contrário disso – é aproximar, é conviver com igualdade de direitos e oportunidades.
E como esse tema se relaciona à questão do multiculturalismo? Segundo o dicionário Michaelis[2], multiculturalismo se define como a prática de acomodar qualquer número de culturas distintas, numa única sociedade, sem preconceito ou discriminação. Paulo Freire, no seu livro “Educação como Prática da Liberdade [3]” afirma que o multiculturalismo não se constitui em uma justaposição de culturas, mas na liberdade conquistada de convívio e respeito a cada cultura, o que só é possível quando diferentes culturas crescem juntas e não em constante tensão. E isso, ressalta Paulo Freire, não é algo natural ou espontâneo, mas fruto de uma ação que implica decisão, vontade política, mobilização, organização de cada grupo cultural com vistas a fins comuns. Assim, falar de multiculturalismo é ir além da constatação de que existem várias culturas convivendo no mesmo espaço ou tempo histórico, mas entender que essa convivência implica em respeito, igualdade de oportunidades, trocas sociais, ou seja, implica em verdadeira inclusão social.
Bem, já definimos inclusão como o movimento de construção da sociedade para todos, e multiculturalismo como a possibilidade de convivência e expressão de diversas culturas em uma sociedade, sem discriminação ou preconceito. Falta pensar nos mecanismos que possam promover essa situação – temos que falar aqui em mecanismos relacionados às políticas públicas e aqueles relacionados à convivência entre as pessoas.
É preciso que sejam desenvolvidas políticas públicas que garantam a efetiva participação social e, ao mesmo tempo, o legítimo direito de viver de acordo com sua cultura em um meio marcado pela diversidade. Cabe ao poder público definir políticas de eliminação de barreiras, sejam elas lingüísticas, religiosas, de costumes, de tal forma que cada cidadão tenha possibilidade de viver plenamente.No que se refere à convivência entre as pessoas, isso já é uma ação mais ligada aos nossos movimentos de aproximação ou afastamento em relação a aqueles que considero diferentes de mim e, por isso, menos valorosos, ou perigosos. Falamos aqui do que se convencionou chamar de barreiras atitudinais, ou seja, aquelas barreiras invisíveis que levantamos entre nós e os outros – essas devem ser derrubadas por cada um em seu dia-a-dia.

[1] Etnia é o conceito utilizado em substituição ao conceito de raça. Entre os homens, raça existe apenas uma, a Humana.
[2] http://michaelis.uol.com.br/
[3] FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 21 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992
 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

OLHAR INTEGRAL


Todo Terapeuta Ocupacional deve ter uma olhar humano,
afim de buscar um olhar integral, "holístico".
O reflexo do olhar de uma criança pode estampar realidade,
vendo e revendo seus contextos.
O Terapeuta que se colocar como recurso terapêutico,
 SABE OLHAR!

T.O. é ter amor pela vida

Abaixo série de depoimentos de pessoas que amam a vida, do jeito que são!

Readaptando as novas formas, a "REAVIVER"

NORMALIDADE em FOCO

Afinal, o que é normal? Como olho para o diferente?

Adriana Calcanhotto
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga,
tem ameba
Só a bailarina que não tem

E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem

Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem

Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem

Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem,
todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem

Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem
Todo mundo tem...


Ciranda da Bailarina

A rotina do COTIDIANO

“A vida cotidiana é a vida do homem inteiro. Nele estão em funcionamento todos os seus sentidos, capacidades intelectuais, habilidades manipulativas, sentimentos, paixões, idéias, ideologias, sem necessariamente se realizarem por inteiro” (HELLER, 1972 apud Bueloni, 1994)

Diariamente Marisa Monte
Para calar a boca: Rícino
Para lavar a roupa: Omo
Para viagem longa: Jato
Para difíceis contas: Calculadora
Para o pneu na lona: Jacaré
Para a pantalona: Nesga
Para pular a onda: Litoral
Para lápis ter ponta: Apontador
Para o Pará e o Amazonas: Látex
Para parar na pamplona: Assis
Para trazer à tona: Homem - Rã
Para a melhor azeitona: Ibéria
Para o presente da noiva: Marzipã
Para Adidas o Conga: Nacional
Para o outono a folha: Exclusão
Para embaixo da sombra: Guarda -Sol
Para todas as coisas: Dicionário
Para que fiquem prontas: Paciência
Para dormir a fronha: Madrigal
Para brincar na gangorra: Dois
Para fazer uma toca: Bobs
Para beber uma coca: Drops
Para ferver uma sopa: Graus
Para a luz lá na roça: 220 volts
Para vigias em ronda: Café
Para limpar a lousa: Apagador
Para o beijo da moça Paladar
Para uma voz muito rouca: Hortelã
Para a cor roxa: Ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser moda: Melancia
Para abrir a rosa: Temporada
Para aumentar a vitrola: Sábado
Para a cama de mola: Hóspede
Para trancar bem a porta: Cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen
Para quem não acorda: Balde
Para a letra torta: Pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: Amnésia
Para estourar a pipoca: Barulho
Para quem se afoga: Isopor
Para levar na escola: Condução
Para os dias de folga: Namorado
Para o automóvel que capota: Guincho
Para fechar uma aposta: Paraninfo
Para quem se comporta: Brinde
Para a mulher que aborta: Repouso
Para saber a resposta: Vide - o - Verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: Hipofagin
Para a comida das orcas: Krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você o que você gosta
Diariamente

BEM-ESTAR na TO

A promoção do BEM-ESTAR é uma das funções dos terapeutas ocupacionais,
em proporcionar, na medida que o sujeito de intervenção subentende. 


Do lado de cá, Chimarruts
Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá


A vida é agora, vê se não demora,
Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra
pular

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O que é T.O. ?

Este vídeo é estreitamente ligado a infância, o que não significa que a Terapia Ocupacional só trabalha nesta fase do desenvolvimento.Mas sim em TODAS as fases, do nascer ao fim da vida.

Como a composição das imagens, abrange ainda mais o tamanho da Terapia Ocupacional!
No início do 2º vídeo usam o mesmo texto do 1º só que as imagens não são as mesmas o que faz com que o entendimento seja diferente de um para o outro da TO. 

A TO na qualidade de vida

01/06/2011 - 08h30

Tai chi chuan vira estrela de novas pesquisas científicas

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
Os pés ficam enraizados no solo e o topo da cabeça é puxado levemente por um fio imaginário para o alto. As costas se arredondam e os ombros se afundam.
Suavemente, as palmas das mãos sobem para os céus, descem para a terra e se unem sobre o umbigo, centro de equilíbrio do corpo.

Juca Varella/Folhapress
Aula na Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, em SP
Aula na Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, em SP

Começa um treino de tai chi chuan. Os movimentos, que se multiplicam de forma fluida e em ritmo lento, são facilmente reconhecidos pelo público ocidental.
A fama conquistada pela prática não vem só do fascínio pelo "exótico" ou do prazer estético que sequências rítmicas, como as de danças, costumam causar. O tai chi chuan, arte marcial chinesa, tem sido muito estudado por seus efeitos na saúde.
As últimas pesquisas acabam de ser publicadas em importantes revistas médicas internacionais.
No jornal da Associação Médica Americana, há um estudo da Universidade Harvard mostrando que a prática melhora a qualidade de vida de pessoas com insuficiência cardíaca crônica.
No "British Medical Journal", uma revisão de estudos comprova a eficácia do tai chi para diminuir quedas e melhorar a saúde mental.
A médica geriatra Juliana Yumi, do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que isso acontece porque a prática é muito mais do que os simples exercícios.
"Envolve coordenação, respiração, meditação. E usa bastante a parte cognitiva. Você tem que estar consciente de sua postura, saber o nome dela, geralmente em chinês, o que significa criar uma imagem mental e reproduzi-la com seu corpo."
Acompanhar a cauda do pássaro, abrir as asas e abraçar a árvore são exemplos disso. Além da poesia, tem um lado de ciência, mesmo que não seja aquela mais facilmente compreendida pelo pensamento lógico.
"Os movimentos fazem a energia circular da mão para a cabeça, da cabeça para os pés, dos pés para o tronco. São os fluxos de energia entre os meridianos do corpo usados na acupuntura", diz Jerusha Chang, presidente da Associação Tai Chi Pai Lin.
O equilíbrio é alcançado pela alternância de movimentos de recolhimento e de expansão, ataque e defesa em termos de artes marciais, yin e yang (princípios complementares ativos e passivos) no Taoísmo.
"A concentração e a coordenação da respiração com os movimentos acalmam mente e corpo", diz Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan.
NATAÇÃO NO AR
O fato de ser altamente relaxante não significa que é moleza em termos de trabalho físico. "A prática aumenta a força muscular e o condicionamento cardiovascular", afirma Yumi.
"O tai chi é como uma natação no ar. Parece que não tem nada, mas a pessoa está usando o próprio peso e a força da gravidade", diz Chang.

Pagina original: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/923443-tai-chi-chuan-vira-estrela-de-novas-pesquisas-cientificas.shtml

Camaleão

O mascote da Terapia Ocupacional da USP Ribeirão Preto

Por quê um camaleão?
O camaleão é um animal que se adapta facilmente aos diversos ambientes
mudando a sua cor.
A Terapia Ocupacional atua em diversas áreas, adaptando-se as necessidades de cada uma,
acolhendo a diversidade, representada pelas CORES!


Ser Terapeuta Ocupacional

"É criar do pouco o tudo; é proporcionar qualidade no fazer; é fazer das impossibilidades as possibilidades, para um viver melhor." Nancy Guedes